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domingo, 19 de fevereiro de 2023

LIBERDADE

 O QUE QUE EU VOU FAZER COM ESTA TAL LIBERDADE 


Uma das ênfases que tenho procurado dar ao longo do meu ministério é a liberdade que o evangelho nos confere. Liberdade que deve ser garantida não apenas aos que dela desfrutem, mas também proclamada com afinco aos que dela têm sido privados. Liberdade de ser o que se é, e não meramente de ir e vir. 


Entretanto, há algo que não pode ser ignorado, sob pena de fazermos desta tal liberdade um pretexto para ameaçar ou sabotar a vida dos demais.


O mesmo Jesus que disse que não nos chamaria mais servos, mas amigos, também disse que dentre nós quem “quiser ser o primeiro, será servo de todos”, visto que Ele próprio “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10:44-45).


Paulo parece ter captado bem este conceito, pois mesmo defendendo com unhas e dentes a liberdade conferida pelo evangelho, afirmou que ele mesmo “sendo livre para com todos”, fez-se “servo de todos para ganhar ainda mais” (1 Coríntios 9:19).


Trata-se, portanto, de uma “servidão” voluntária, fruto de uma consciência libertada pelo Espírito do amor. 


De fato, como ele salienta, fomos “chamados à liberdade”, mas isso não nos dá o direito de usar da liberdade para dar ocasião à carne, isto é, ao egoísmo, ao prazer momentâneo desenfreado que possa custar nossa própria felicidade, bem como a de outros. Em vez disso, devemos servir uns aos outros pelo amor (Gálatas 5:13).


Pedro faz eco à admoestação de Paulo ao dizer que a vontade de Deus é que vivamos “como livres, e não tendo a liberdade como desculpa para a malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1 Pedro 2:16).


Poderíamos, por exemplo, ter usado desta liberdade para furar a quarentena, ignorando as advertências médicas e as medidas preventivas que visavam coibir o avanço da pandemia. Se assim fizéssemos, estaríamos dando ocasião à carne, expondo nossos irmãos a um perigo iminente. 


Seja livre, mas não seja covarde. 

Seja livre, mas não seja inconsequente. Seja livre, mas não seja irresponsável.

Seja livre, mas não seja um idiota.


Sua liberdade onde termina onde começa a do outro. Se não quiser respeitar a liberdade alheia, não queira impor a sua. Respeite o direito que o outro tem de dizer “não” sem ter que lhe dar explicação. Respeite, inclusive, seus próprios limites. Saiba a hora de parar. Se não souber dizer “não” para si mesmo, talvez tenha dificuldade de aceitar o “não “ de outros. 


Nossa liberdade é cerceada pelo amor. O mesmo amor que nos liberta, também nos coloca em posição de respeito ao outro, e de serviço solidário para com o nosso semelhante.

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