Somos treinados a pensar apenas em nós, nossas necessidades e desejos. Mas Deus o chamou para um propósito importantíssimo. Para entender e abraçar esse propósito, você precisa pensar menos em você e mais no Senhor e naqueles que estão ao seu redor.
Em nosso verso, o apóstolo Pedro nos diz que somos “sacerdócio real” (2:9). Um
pouco antes ele mencionou que somos “sacerdócio santo” (2:5).
Um sacerdote era alguém que se colocava entre o povo pecador e o Deus santo. Apresentava a Deus o arrependimento do povo, e apresentava ao povo o perdão de Deus.
Jesus é chamado na carta aos Hebreus de “Sumo Sacerdote”, aquele que derradeiramente, uma vez por todas, apresentou os pecadores a Deus e o perdão de Deus aos pecadores (Hb 4:14). Ele foi o Sacerdote e o próprio sacrifico, pois o seu sangue derramado comprou para Deus pessoas de toda tribo, língua, povo e nação (Apoc 5:9).
Em que sentido somos sacerdócio real? Primeiramente, porque pertencemos espiritualmente à linhagem de Cristo, o Rei. É em Cristo e por Cristo que somos abençoados e podemos ser canal de benção a outros.
Segundo, porque somos convidados a interceder pelo mundo perdido. Em Mateus 9 Jesus nos ensinou a orar por mais trabalhadores, pois teve compaixão das multidões que estavam sem esperança, sem forças e sem rumo. A intercessão é uma forma de abraçar a nossa identidade de sacerdócio real.
Terceiro, porque somos chamados para levar a Palavra de Deus àqueles que ainda não conhecem a luz de Cristo. Isto é feito por meio de palavras e testemunho, pelo que falamos e fazemos, ao mesmo tempo. E deve acontecer perto, onde estamos, e até aos confins da terra.
Portanto, você não foi chamado apenas para existir, para sobreviver neste mundo. Você foi chamado para seguir os passos de Jesus, que teve compaixão das multidões, intercedeu por elas, olhou com amor para suas feridas e lhes anunciou o evangelho do Reino. Essa é sua identidade e missão.
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