Amar não é um mero sentimento ou uma simples declaração. Amar é também se envolver. É chorar com quem chora e se alegrar com quem se alegra. É perdoar quando ofendido e pedir perdão ao ofender. É ajudar quando o outro cai, sendo apoio para que se levante. É aconselhar, sugerir, cooperar, tudo fazer para que o outro possa caminhar melhor, sobretudo no Senhor Jesus. Amor é também envolvimento.
O apóstolo Paulo já havia caminhado bastante com Onésimo. Ele o levou a Cristo, aconselhou sobre a vida cristã, preparou o seu caminho de volta a Colossos e escreveu essa carta à Filemom, seu senhor, sobre como recebê-lo: como irmão, não como escravo. Mas Paulo o amava, e foi além.
Nos versos 18 e 19 lemos: “E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei, para não te alegar que também tu me deves até a ti mesmo”.
Aparentemente Onésimo havia roubado algo e o apóstolo se envolveu, assumindo a dívida. Promete pagar integralmente, pedindo que lance em sua conta. Faz ainda uma colocação, que Filemom lhe deve a própria vida (possivelmente se referindo a tê-lo levado a Cristo), mas faz questão de assumir a dívida de Onésimo, quando roubou o seu senhor, antes de ser convertido por Deus.
Que linda lição! Amor é também envolvimento. É entrar na história do outro, mexer com as complicações que ali estão e, de alguma forma, tornar a caminhada dele mais leve. Certamente é um exercício que pode ser frustrante, pois nem sempre as coisas saem bem, e as intenções e cooperações não são sempre bem recebidas. Mas, o fato é que quem ama se envolve. Ora, procura soluções e participa.
Que Deus nos ajude a nos envolvermos com aqueles que precisam, com sabedoria, discernimento e colocando a mão na massa, para que a vida do próximo seja mais leve, dando glória a Deus.
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