Ao fim de sua carta a Timóteo, Paulo espera que ele o visite e pede que “quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos” (2 Tim 4.13).
É interessante como em momentos de privação identificamos mais facilmente o que é essencial. Paulo pede três coisas. A primeira é a presença de Timóteo, seu filho na fé e companheiro de ministério. A segunda, a sua capa. E, por fim, seus livros e pergaminhos.
A presença do amigo lhe serviria para alegrar seu coração. A capa aqueceria o seu corpo em dias frios. E os livros e pergaminhos manteriam acesa a sua mente e a sua fé.
Ao longo da vida não é difícil perder de vista o que é essencial. Um dos motivos é a própria agitação e demandas diárias. Dias cheios e tarefas que não acabam. Em meio a uma agenda incansável é possível perder de vista o essencial e agarrar-se àquilo que parece importante, mas não é.
Um outro motivo que nos leva a perder de vista o essencial é não saber o que de fato é essencial. Vivemos em uma cultura que tenta nos educar, e educar nossos filhos, a valorizarem mais o que é visível, contábil e aplaudido. Lembramos, porém, que a Palavra nos ensina que o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê a aparência, mas Deus vê o coração (1 Sam 16:7).
O essencial é conhecer a Deus em Sua Palavra. É caminhar com Deus em busca de santidade. É amar a Deus de todo o seu coração. É cuidar da família, presente de Deus. É viver como igreja, o povo de Deus. É servir a Deus com tudo o que você tem, você é e faz. É proclamar o Nome de Deus, chamando os perdidos a conhecerem a Cristo.
Que Deus nos ajude a não nos esquecermos do essencial.
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